'Os jovens querem ser protagonistas da mudança'
O pesquisador do empreendedorismo de alto impacto diz que nova geração alia, pela primeira vez, negócios e ação social.
Durante parte das últimas duas décadas, as organizações não-governamentais monopolizaram as atenções quando o assunto era atacar um problema social fora da esfera dos governos – ou muitas vezes com ajuda deles. As ONGs, contudo, vêm cedendo espaço a uma nova prática: os negócios sociais. O canadense David Bornstein, pesquisador e autor de livros sobre empreendedorismo de alto impacto, é um entusiasta do modelo, que alia mobilização para solucionar um problema localizado (que vai do analfabismo em uma região à falta de saneamento básico) e rentabilidade. "Quando falamos sobre empresas sociais, estamos falando de negócios cujo principal objetivo é resolver um problema, como a pobreza. Geralmente, elas atuam em áreas onde negócios nunca se aventuraram antes, porque ninguém julgou que eles poderiam ser lucrativos", diz Bornstein, autor do livro Como Mudar o Mundo. A modalidade ganha adeptos especialmente entre os jovens. "Eles estão buscando um novo tipo de comprometimento, que só é alcançado quando se encontra uma maneira de ajudar outras pessoas", analisa. O interesse crescente pelo tema tem um feito colateral positivo: as universidades se veem obrigadas a tratar do assunto, impulsionadas pelo interesse de seus alunos. "Os professores e acadêmicos vivem em função dos estudantes. Eles precisarão se adequar às novas demandas." Confira a seguir a entrevista que Bornstein concedeu ao site de VEJA de sua casa, em Nova York.
Bibliografia: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/os-jovens-querem-ser-agentes-de-mudanca
Alunos: Márlio Lima, Jeferson Souza, Daniel Oliveira, Érico Ryan, José Flávio, Leonardo Andrade, Lucas Oliveira, Luiz Felipe, Bruno Rosceli.