O desastre petrolífero está manchando o Golfo do México

O desastre petrolífero está manchando o Golfo do México


O desastre petrolífero está manchando o Golfo do México

 

 

Mais um desastre esta ameaçando a natureza. O derramamento de petróleo no Golfo do México que alcança os 800 mil litros de petróleo por dia depois da explosão de uma plataforma da empresa British Petroleum as 22 horas do dia 20 de abril já causa danos irreparáveis a 1.600 quilômetros de águas do oceano deixando praias em risco. Esses danos, se alcançarem os ecossistemas ali próximos iram afetar o meio ambiente desde sua base da cadeia alimentar. Atacando as plantas primeiramente que iram servir de alimento para alguns caranguejos, estes  iram servir de alimento para peixes que também iram servir de alimento para varias espécies de aves que por ali passam.

O presidente Barack Obama chama o vazamento de “um possível desastre sem precedentes”. Alguns cientistas apostam no possível encontro da mancha de petróleo com a corrente do golfo o que espalhará o petróleo pela Costa Atlântica. Porém o impacto proposto dependerá do clima, de correntes oceânicas das propriedades do petróleo e das tentativas de estancar o vazamento.

Esse não é o pior acidente de petróleo da história, nem deixando o poço aberto por anos superará o acidente com os 136 bilhões de litros de petróleo derramado pelas forças do Iraque quando deixaram o Kuwait em 1991. Nem se aproxima do acidente com o Ixtoc I, que explodiu na baía de Campeche, no México, em 1979 com 500 milhões de litros de petróleo derramados antes de ser controlado. Para alcançar o acidente com o Exxon Valdez em 1989 terá q ficar muito pior pois este contaminou um litoral intocado matando milhares de aves, lontras, orças, águias e focas.

Os piores efeitos ainda estão para acontecer, mas os ventos estão levando o óleo para o lado contrario da corrente no golfo. "Até agora o que as pessoas estão temendo ainda não se concretizou", disse Edward B. Overton, professor de ciência ambiental da Faculdade do Estado de Louisiana e perito em vazamentos de petróleo. "Acham que será como o Exxon Valdez. Eu não imagino essa gravidade aqui a não ser que as coisas piorem muito”. Engenheiros falaram que o tipo de petróleo que sai do poço é mais leve que o grosso espalhado pelo Exxon Valdez, evapora com mais rapidez pela superfície e é mais fácil de queimar.

As tentativas de estancar o vazamento começaram com robôs que tentam fechar válvula a duas semanas o que fecharia o vazamento para sempre, mas ainda não deu certo. A outra forma q encontraram foi colocar uma câmara de contenção (parecido com uma tampa) no local do vazamento para terem controle sobre ele. A primeira tentativa falhou por causa da formação de hidratos de gás inflamáveis, similares a cristais de gelo. Uma nova e menor estrutura com um peso de 1,6 tonelada e 2,4 metros de altura, a British Petroleum espera limitar a formação de hidratos, esta sendo leveda ao local do vazamento. Mas a empresa destaca que se trata de "um procedimento inédito e muito complexo", enquanto a mancha negra segue ameaçando a fauna e a flora locais.

O Golfo  não é um ambiente primitivo e já suportou a problemas crônicos como o derramamento do Ixtox a 31 anos atrás, o segundo maior da história, que o golfo ricocheteou. "O golfo é tremendamente vivo", disse Quenton R. Dokken . "Mas nós sempre temos que nos perguntar o quanto podemos aguentar de desastres como esse e nos recuperarmos. Como cientista, preciso reconhecer que simplesmente não sei."

•Componentes: Samara Leal, Kalíope Omara, Luiz Fernando, Igor Costa, Jeferson Andrade, João Paulo, Priscila.

•Fonte: Revista veja.