Etanol no tanque do planeta
A produção brasileira de biocombustíveis está entre as maiores do mundo, mas pode derrapar se o país não entrar de cabeça no desenvolvimento do etanol de 2ª geração.
O Brasil há 40 anos, quando era governado por militares, era um país profundamente dependente do petróleo. Em uma crise do petróleo na década de 70 fez com que os preços do petróleo elevar-se. O presidente, Geisel, adotou medidas drásticas para a economia de combustível, como fechar postos de gasolina à noite e nos finais de semana, submetendo a população a um quase racionamento.
Nesse cenário conturbado fez com que germinasse a semente no desenvolvimento de bicombustíveis no país.
O Proálcool foi criado em 1975, estimulando a produção de álcool. Este seria adicionado à gasolina e, assim reduzir a dependência das importações de petróleo. Neste mesmo período empresas automobilísticas começaram a fabricar e vender veículos exclusivamente a álcool. Que serviria de base par a produção dos carros flex.
Atualmente no país há 437 unidades industriais para o processamento da cana-de-açúcar para a obtenção de álcool e açúcar. Além disso, o setor prevê investimentos de 33 milhões de dólares até 2012.
No entanto esse dinheiro não é suficiente para garantir ao Brasil em um lugar confortável, nos próximos anos, na produção de biocombustíveis. Porque a produção de álcool é um processo dominado pelo Brasil, mas caro. Sendo também a produção de bicombustíveis vem sendo mobilizada por muitos competidores como: Estados Unidos, Europa e China
Dados da Embrapa mostram que o álcool brasileiro é o biocombustível mais energético do mundo. Que para cada unidade de energia fóssil (derivada do petróleo), empregada em sua produção, corresponde 9,3 unidades do álcool.
Umas das estimativas é que o aproveitamento do bagaço, partes da palha e das pontas da cana-de-açúcar elevem ainda mais a produção de álcool em 30 a 40%, sem necessidade de aumentar a área de plantação.
Contudo, para que o álcool brasileiro, mais conhecido internacionalmente como etanol, ganhe o status commoditie (consumido em grade quantidades) será preciso de um esforço da diplomacia brasileira e o mercado exterior.
Segundo o IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – o produto precisa ter regularidade de fornecimento e ser produzido em larga escala para o mercado internacional para o Brasil conseguir chegar ao status commoditie.
Estudos realizados pela organização não governamental WWF-Brasil sobre o impacto da demanda mundial por biocombustível em relação à fronteira agrícola brasileira registrou que 30% dos 200 milhões de hectares das pastagens no Brasil estão degradadas. Sendo que a área agrícola total utilizada é de 70 milhões de hectares.
Com a recuperação das áreas degradas será possível dobrar a área da agricultura nacional e aumentar as plantações de cana-de-açúcar. Assim o Brasil poderá aumentar sua produção de álcool.
FONTE: Matéria originalmente adaptada da Envolverde
Componentes: Janisson, Vinícius, Rafael Tavares, Rafael Andrade, Elaine, José Augusto, Matheus Rodrigues
Produção Dissertativa sob orientação da professora Viviane.