CRISTINA KIRCHNER: CALANDO A BOCA DA IMPRENSA ARGENTINA
Falar que vivemos numa democracia é uma coisa, agora agir de forma a confirmar o que dizemos é outra bem diferente. Nos últimos tempos, alguns fatos que tiveram início na Argentina, fizeram com que começássemos a desconfiar da validade de ideais como a liberdade de expressão, tão fundamentais em nossa sociedade contemporânea.
Importantes veículos de informação escrita tiveram sua circulação obstruída, na Argentina, sob comando do sindicalista Hugo Moyano (secretário da confederação geral do Trabalho (CGT), também responsável por comandar o Sindicato dos Motoristas de Caminhões e ocupar o cargo de vice-presidente do Partido Justicialista – o mesmo da presidenta Cristina Kirchner).
Na madrugada do último dia 27, um grupo de quarenta baderneiros bloquearam as ruas das gráficas do Clarín e do La Nación, impedindo que os exemplares do primeiro chegassem às bancas e aos assinantes e atrasando a distribuição deste último. No caso do Clarín, foi a primeira vez que o jornal não circulou e ainda vale ressaltar que isso não ocorreu nem durante a ditadura militar.
No domingo do bloqueio, seria publicada uma matéria sobre o vertiginoso aumento do patrimônio de Moyano. Desde 2005, Moyano abriu, em nome de parentes, uma empresa de computadores, uma construtora, uma companhia de coleta de lixo e uma fábrica de tecidos, as quais prestam serviços ao sindicato dos caminhoneiros. Como a instituição recebe dinheiro do Governo, trata-se de uma triangulação financeira.
Não é a primeira vez que a liberdade de imprensa é censurada na Argentina sob o governo de Cristina Kirchner. Em 10 de setembro de 2009, cerca de 200 fiscais da Receita Federal ocuparam a sede do Clarín. A operação foi interpretada como tentativa de intimidação contra opositores da presidenta, mas o governo negou alegando que a blitz teria o objetivo de verificar denúncias de irregularidades fiscais e trabalhistas na empresa. Porém, o que mais chama atenção é o fato de que, naquele mesmo dia, o jornal havia publicado uma reportagem na qual acusava um órgão ligado à Receita de irregularidades.
Com o apoio de pessoas como Moyano, Cristina Kirchner tentará ganhar novamente a próxima eleição, que ocorrerá ainda este ano. Para ela, é mais fácil “calar a boca” da imprensa do que fazer um bom governo.
Fontes: Revista Veja Ed. 2211, Ano 44, nº 14, 06/04/11; http://educacao.uol.com.br/atualidades/censura.jhtm; http://g1.globo.com/mundo/noticia/20011/04/argentina-tem-novos-boicotes-jornais-do-grupo-clarin.html; http://www.istoe.com.br/reportagens/131161_HERMANOS+CENSURADOS; http://www.nanihumor.com/2010_08_01_archive.html.
Cristina Kirchner contra jornais
Fontes: Revista Veja Ed. 2211, Ano 44, nº 14, 06/04/11; http://educacao.uol.com.br/atualidades/censura.jhtm; http://g1.globo.com/mundo/noticia/20011/04/argentina-tem-novos-boicotes-jornais-do-grupo-clarin.html; http://www.istoe.com.br/reportagens/131161_HERMANOS+CENSURADOS; http://www.nanihumor.com/2010_08_01_archive.html.
Organização: Ana Paula, Miguel, Sônia, Taciana, Talita e Yane Karla.
3º Ano
Cristina Kirchner contra jornais
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Fontes: Revista Veja Ed. 2211, Ano 44, nº 14, 06/04/11; http://educacao.uol.com.br/atualidades/censura.jhtm; http://g1.globo.com/mundo/noticia/20011/04/argentina-tem-novos-boicotes-jornais-do-grupo-clarin.html; http://www.istoe.com.br/reportagens/131161_HERMANOS+CENSURADOS; http://www.nanihumor.com/2010_08_01_archive.html.
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