O PROBLEMA DO ELOGIO
Diz o ditado que elogiar nunca é demais. Diz a ciência que não é bem assim.
Na próxima vez que afagar o ego alheio, escolha bem as palavras. Do contrário, o alvo delas pode se tornar um dos maiores fracassados que você já conheceu.
O PROBLEMA DO ELOGIO
O elogio em si não atrapalha – o que prejudica é a maneira errada que aprendemos a utilizá-lo. Por um lado – os resultados de um elogio demasiado podem causar mal. Tudo que utilizamos em demasia tem conseqüências desagradáveis. Por outro – serve de estímulo para que a pessoa se esforce cada vez mais em busca da realização de seus objetivos.
Começamos a elogiar demasiadamente em casa – na escola – no trabalho sem pensar nas conseqüências. A priore, o individuo fica enaltecido, desconfortável, inseguro ou ainda ansioso diante do elogio. A longo prazo – o indivíduo pode desleixar-se pensar que já domina o conteúdo e não buscar o esforço como prioridade.Esta não e uma boa perspectiva para o futuro.
Elogiar algo ou alguém também pode trazer aspectos positivos. Isto leva o individuo a conseguir alcançar seus objetivos. Incentivar a lutar pelo esforço, pela vontade de vencer. O elogio serve de estimulo para destaque. Através daquele faz com que aumentemos o estímulo em busca de um destaque, de uma visão superior. O que ajuda no desenvolvimento do intelecto.
Diante dos argumentos – analisamos que o elogio só irá atrapalhar se entendermos como algo que já se atingiu os limites. Como algo que está realizado com perfeição e não precisa evoluir. O modo de interpretar influencia. Devemos ser elogiados e sempre visar que podemos evoluir. Não podemos nos torna convencidos por causa de um simples elogio.
Nome do grupo: The News Fresh
Componentes: Álisson Teixeira, Antônio Luiz da Rocha Neto, Ayslan Lima, Cecília Laís, Gessicleide Lima, Jordana Rosa, Josias Costa Neto, Lécia de Jesus, Naelton Santos.
Em alguns casos, o estrago começa já na infância. Se for reconhecida como inteligente, uma criança pode sentir pressão demais sobre os ombrinhos para corresponder às expectativas. Isso às vezes é bom, porque incentiva a criança a estudar para conseguir boas notas. Mas também pode ser ruim – por estimular a criança a usar truques para se destacar. Como fizeram alguns dos 400 alunos de uma escola de Nova Yorque pesquisados pela psicóloga americana Carol Dweck, da universidade Stanford.
Uma criança elogiada pela inteligência entende o seguinte: “Tenho que ser sempre inteligente, porque essa é a imagem que os adultos têm de mim”. Mas manter o alto nível de inteligência não parece uma tarefa um tanto abstrata? Imagine para uma criança. O jeito é adotar a saída genérica: parecer inteligente. Para isso, basta criar uma zona de segurança. Evitar provas difíceis, cursos complicados, qualquer desafio que possa representar um risco á imagem. Já na cabeça do aluno elogiado pelo esforço, o pensamento é outro: Se passou por esse desafio, pode vencer o próximo – basta tentar. “Por isso o elogio deve ser dirigido para o processo, e não para o resultado”, diz Carol.
Refugiar-se nessa zona de segurança não é coisa de criança. Adolescentes e adultos fazem isso. Ela até é capaz de evitar que a imagem desse pessoal – e a sua, porque você talvez já tenha recorrido a ela – saia arranhada. Mas também gera o medo de arriscar. Pode fazer alguém evitar uma promoção no trabalho, uma mudança de cidade, uma pós-graduação difícil... Qualquer desafio.
Identificou-se com algum desses casos? Não se culpe, é natural buscar uma área de conforto – nosso cérebro faz isso. Tanto que, se você receber elogios constantemente, ele vai achar que você já está e um ótimo patamar. O cérebro quer que você acumule mais pontos, e por isso incentiva iniciativas ousadas. É a nossa motivação, gerada por uma área do cérebro chamada centro de recompensa. O problema é quando acumulamos elogios – ou pontos – demais. O cérebro entende que nem precisa mais mandar a mensagem de incentivo. É como se o centro de recompensa se aposentasse da torcida pelo seu sucesso.
Moral da história: seja por meio de arriscar, seja por falta de vontade, uma pessoa talentosa e devidamente elogiada pode se dar pior na vida do que alguém meramente esforçado. Existe, no entanto, uma pessoa capaz de colocá-los em pé de igualdade (e da pior maneira possível): o chefe.
Chefes são como pais. Depositam uma expectativa enorme em cima dos funcionários. Muitas vezes usam os parabéns para impor o comportamento específico. É o “elogio controlador”, que funciona mais ou menos assim na prática: “ Bom trabalho”. Assim o elogio vira ordem. Mas tem o caso em que o elogio deixou o funcionário sem qualquer diretriz. “Numa empresa, elogio vem quase sempre para os resultados, poucas vezes para o esforço individual”, diz Bull. Na prática, vira aquela tapinha nas costas depois de um relatório.
Por isso, um conselho. Se você não receber nenhum elogio do professor, dos pais ou do chefe nos próximos dias, não se preocupe: esse pode ser o melhor caminho para o seu sucesso.
REVISTA SUPERINTERESSANTE - Abril/2010