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Equipe: INFOALT - Vale mais a pena a valorização do corpo ou a saúde?


          Vale mais a pena a valorização do corpo ou a saúde?

 

 Depois do implante mandrio de silicone, a lipo é a cirurgia estética mais comum entre os brasileiros. As estatísticas oficiais, computadas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, indicam a realização de 90.000 lipos por ano no país. A estimativa é que, levando-se em conta as operações feitas por médicos sem o título de cirurgião plástico, o total anual de procedimentos seja o dobro-180.000. Infelizmente, apenas uma minoria delas repleta de cuidados com a saúde da paciente.

 Um levantamento elaborado por VEJA, com base em dados fornecidos pelos mais restilados cirurgiões plásticos do país, representantes dos conselhos regionais de medicina e da Justiça, indica que somente 17% das lipos obedecem aos critérios mais elementares de segurança, ou seja, em 83% das vezes, o paciente corre o risco de complicações - que podem, inclusive, levar à morte. Um perigo desnecessário, já que a lipoaspiração é uma cirurgia estética, sem nenhuma urgência. Quando ela é realizada dentro dos parâmetros de segurança a média de mortes é de 0.002% - o equivalente a um óbito em cada 50000 intervencões. No mundo ideal o Brasil deveria registrar, no máximo, quatro mortes por ano. Mas, como o uso irresponsável da técnica é amplamente disseminado, esse número é bem maior.

        A legislação frouxa e a completa falta de fiscalização permitem que as cirurgias sejam conduzidas por profissionais incompetentes, em locais sem nenhuma infraestrutura. A princípio, a Agência Nacional de vigilância Sanitária (Anvisa) deveria controlar as condições em que as lipos são feitas. Na prática, no entanto, o órgão do Ministério da Saúde não dispõe de dados elementares – como, por exemplo, o número de clínicas autorizadas a realizar o procedimento. Para se ter uma ideia do descalabro, no Rio de Janeiro, calcula-se que o número de clínicas irregulares supere o dos estabelecimentos com o alvará de funcionamento em dia. Na cidade, para cada clínica legalizada, há, pelo menos, três clandestinas. Por trás desse quadro caótico, está a ilusão (e a sua venda desonesta) de que a lipo é um procedimento simples, quase tão banal quanto uma escova progressiva, e que pode substituir dietas e exercícios físicos.

       É necessário que se diminua a auto-valorização pessoal existente na maioria dos brasileiros. Não precisa fazer tratamentos de estética para adquirir um corpo perfeito, há outras maneiras de conservar o corpo a exemplo de uma boa dieta acompanhada de exercícios físicos regulares. É muito mais vantajoso procurar métodos saudáveis à se arriscar nesses métodos desprotegidos. A saúde tem que vir em primeiro lugar.

 

 

Componentes:  Ândria, Jeferson Cunha, Jessica, Hiago,Lins Alberto, Lívia Munique, Taciana

 

Produção Dissertativa sob orientação da professora Viviane.

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