Razões para a adoção do voto distrital no Brasil

Razões para a adoção do voto distrital no Brasil

É de conhecimento geral que há uma necessidade de melhoria na legislação eleitoral brasileira. Por isso, um grupo de empresários e estudantes de São Paulo está propondo a adoção do sistema de Voto Distrital, como uma maneira de melhorar a fiscalização dos deputados e diminuir os gastos públicos. Toda via, na opinião dos opositores esse modelo pode levar ao bipartidarismo, PSDB e PT, uma vez que os maiores partidos tendem a receber o maior número de votos.

            O sistema de Voto Distrital consiste em dividir o território em distritos. Cada distrito podendo eleger um deputado. Sendo assim, menos candidatos para a população escolher. Em referência a revista veja esse sistema traz aos eleitores uma melhor fiscalização, podendo ser comparada a de prefeito. Além de, diminuir a corrupção, tirando aqueles que são manipulados pelos partidos, reduzir os gastos públicos, com o deslocamento e os materiais de campanhas, e eliminar os chamados “puxadores de votos”, que elegem candidatos de sua coligação, mesmo com poucos votos.

Convém lembrar, que para os contrários a esse método, como o repórter Johan, leva o bipartidarismo no País, ou seja, o Brasil só seria representado pelos dois maiores partidos políticos atualmente, PSDB e PT. Já para o professor e pesquisador Cezar Migliorin o voto distrital realmente diminui os gastos públicos, mas é um modelo que poderá ocasionar distorções na representatividade do congresso, além de ter princípios menos democráticos do que os que temos hoje.

            Atualmente, no Brasil é adotado o sistema proporcional utilizado para a contagem dos votos de Deputado Federal, Estadual e Vereador. Nesse sistema leva em consideração o quociente eleitoral, número que cada partido ou coligação precisa para conseguir uma vaga na Câmara. Para calculá-lo divide-se o número de votos válidos pelo número de cadeiras em disputa, depois parte-se para a distribuição das cadeiras, dividindo o número de votos pelo quociente eleitoral. Como as vagas são divididas por partidos ou coligações, nem sempre os candidatos que recebem mais votos acabam eleitos.

            Apesar das desvantagens do voto distrital duas vantagens se sobressaem, a primeira é a redução do número de candidatos, por exemplo, em São Paulo nas eleições de 2010, havia 1.131 candidatos, se tivesse adotado o novo sistema esse número se reduziria um por partido, dados da revista veja. A segunda mudança é a redução dos custos eleitorais, pois o deputado só iria direcionar os gastos para seu distrito. Agora, cabe à população se conscientizar, analisar os candidatos antes da votação. Por que, não adianta mudar o sistema e a sociedade continuar elegendo por benefícios particulares.

             nosso voto é a nossa maior arma contra a corrupção.

    Caroline Oliveira dos Santos, 3º ano, sob orientação da Professora Viviane.