Correio Estudantil - “Facebook utiliza privacidade dos usuários e vende informações pessoais como uma estratégia de marketing.”

Nos últimos anos, as politicas de privacidade e de direitos dos usuários sofreram várias mudanças. Suas informações que até então eram pessoais tornaram-se repentinamente públicas. Até que ponto uma companhia de internet tem o direito de acompanhar a vida pessoal dos usuários? A cada dia, as redes sociais vêm ga-nhando mais adeptos. Quem lucra com tudo isso são as empresas. No Facebook, por exemplo, elas pagam pelas informações dos usuários e as transformam em anúncios publicitários a depender do interesse de cada perfil. Tudo com o intuito de que seus clientes compartilhem cada vez mais informações e façam, no boca a boca, publicidade gratuita da marca.

Mark Zuckerberg, 27 anos, criador do Facebook, considera-do um dos jovem mais ricos do mundo. Ele invadiu a nossa vida e ganha bilhões de dólares com tudo o que colocamos de graça no site de relacionamentos. Se você é um dos 845 milhões de usuá-rios do Facebook no mundo, você vale aproximadamente R$ 152,00. A cada dia, os editores da página procuram por mecanis-mos que aumentem o número usuários e mantenha os já existentes por muito mais tempo conectados.

A privacidade parece ter um significado distinto daquele que foi consensual durante os últimos séculos da história humana. Vive-mos em uma nova era em que a vida de todos é uma tela aberta. Incertezas sobre o assunto estão na mente de todos aqueles que querem tirar proveito do conforto e da conveniência das redes soci-ais, mas têm receio sobre como devem se comportar nesse novo universo. Se há uma parcela que protesta quando sua privacidade é ameaçada, outra parece não se importar em se expor para con-seguir chamar atenção dos amigos ou fazer novos contatos pesso-ais. É importante estarmos atentos, pois quando perdemos a priva-cidade, perdemos também nossa essência. Sem ela, não sabemos quem realmente somos.

3º ano

Fontes: Revista Veja; Revista Época; 06 de Fevereiro de 2012.